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terça-feira, 19 de junho de 2012

Pop art

Pop art (ou Arte pop) é um movimento artístico surgido no final da década de 1950 no Reino Unido e nos Estados Unidos. O nome desta escola estético-artística coube ao crítico britânico Lawrence Alloway (1926 - 1990) sendo uma das primeiras, e mais famosas imagens relacionadas ao estilo - que de alguma maneira se tornou paradigma deste - ,a colagem de Richard Hamilton (1922 - 2011): O que Exatamente Torna os Lares de Hoje Tão Diferentes, Tão Atraentes?, de 1956. A Pop art propunha que se admitisse a crise da arte que assolava o século XX desta maneira pretendia demonstrar com suas obras a massificação da cultura popular capitalista. Procurava a estética das massas, tentando achar a definição do que seria a cultura pop, aproximando-se do que costuma chamar de kitsch.
Diz-se que a Pop art é o marco de passagem da modernidade para a pós-modernidade na cultura ocidental.

Theodor W. Adorno e Max Horkheimer, nos anos 80, cunharam o termo Indústria cultural. O conceito analisa a produção e a função da cultura no capitalismo e relaciona cultura como mercadoria para satisfazer a utilidade do público.
A defesa do popular traduz uma atitude artística adversa ao hermetismo da arte moderna. Nesse sentido, esse movimento se coloca na cena artística como uma das mãos que não se movia. Com o objetivo da crítica Tônica ao bombardeamento da sociedade capitalista pelos objetos de consumo da época, ela operava com signos estéticos de cores inusitadas massificados pela publicidade e pelo consumo, usando como materiais principais: gesso, tinta acrílica, poliéster, látex, produtos com cores intensas, fluorescentes, brilhantes e vibrantes, reproduzindo objetos do cotidiano em tamanho consideravelmente grande, como de uma escala de cinquenta para um,objeto pequeno , e depois ao tamanho normal

No Brasil

Nos anos 60 frutificou entre os artistas brasileiros uma tendência irônica derivada da Pop art norte-americana refletindo o clima tenso criado pelo regime militar imposto em 1964. Aderindo apenas à forma e à técnica utilizada na Pop art os artistas expressaram a insatisfação com a censura instalada pelo regime militar, tematizando questões sociais de política. Entre as exposições mais importantes nesse período destaca-se a Opinião 65, realizada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, composta por 17 artistas brasileiros e 13 estrangeiros.
Dentre os principais artistas nesta época estão Wesley Duke Lee, Luiz Paulo Baravelli, Carlos Fajardo, Claudio Tozzi, José Roberto Aguilar e Antonio Henrique Amaral, entre outros.

              Rubens Gerchman: pintura, colagem e outros materiais Policiais Identificados na Chacina (Registro Policial), 1968

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Balalaica

balalaica é um instrumento musical típico russo de três cordas dedilhadas, de sessenta centímetros (balalaica prima) a um metro e setenta (balalaica baixo) de comprimento, com um corpo triangular (nos séculos XVIII e XIX também oval) levemente curvado e feito de madeira. A balalaica é um dos instrumentos (ao lado do garmon, e, em menor extensão, a jaleica) que são símbolos da música russa. A família da balalaica inclui cinco instrumentos, do mais agudo ao mais grave: a balalaica piccolo (muito rara), a prima balalaica, segunda balalaica, balalaica alto, balalaica baixo e balalaica contrabaixo. A balalaica prima é tocada com os dedos, a segunda e a alto com o dedo ou palheta, dependendo da música a ser tocada, enquanto as balalaicas baixo e contrabaixo (que possuem uma extensão que serve de apoio no chão) são sempre tocadas com uma palheta de couro.


Etimologia
O nome tem caráter onomatopéico. A raiz da palavra “balalaica”, ou como também é chamada ainda hoje, “balabaica”, também tem relação com verbos antigos do russo que significam “conversar sobre algo sem valor”, “balançar”, o que ressalta o caráter não sério do instrumento.
A primeira menção à balalaica vem de um documento russo do ano de 1688. A palavra entrou para a alta literatura por volta de 1771 em um poema. No mesmo século ela passou a ser largamente usada no ucraniano. A forma “balabaica” é encontrada em dialetos e nobielorruso.
Descrição
O corpo é composto de segmentos separados, ponta de um braço longo levemente inclinado para trás. As cordas são de metal (no século XVIII, duas delas eram de tripa; nas balalaicas atuais de náilon ou carbono). No braço das balalaicas atuais há de 16-31 trastes metálicos (até o fim do século XIX eram 5-7 trastes amarrados). O som é forte, mas suave. Os mais freqüentes toques para a produção de som são: dedilhado, pizzicato, pizzicato duplo, pizzicato único, vibrato, tremolo, fração, toques de guitarra.
Forma
Até a transformação da balalaica em um instrumento de concerto ao fim do século XIX por Vassili Andreev, ela não possuía uma forma constante e universalmente disseminada. Cada músico afinava o instrumento de acordo com sua maneira própria de executar ou a tradição local.
A forma introduzida por Andreev (duas cordas uníssonas em “mi” e a outra uma quarta acima em “lá”, esquema de afinação similar ao do bandolim e a do cavaquinho) foi preferida para as balalaicas de concerto, e foi chamada de acadêmica. Há também a afinação dita “popular”, com a primeira corda em sol, a segunda em mi e a terceira em dó.
Nas orquestras russas de instrumentos populares atuais geralmente se usam os cinco tipos: a prima, a segunda, a alto, a baixo e a contrabaixo. Apenas a prima é usada em solos, a segunda e a alto são usadas para acompanhamento, enquanto a baixo e a contrabaixo fazem, evidentemente, a função de baixo.


História

Antes de Andreev, as representações mais antigas da balalaica mostram o instrumento com de duas a seis cordas e lembrando instrumentos orientais. Os trastes eram feitos de tripa de animal e amarrados no braço do instrumento, e podiam ser movidos de acordo com o desejo do músico (similar ao saz turco). No século XIX, ela adquiriu a forma triangular e o braço mais curto do que os seus parentes asiáticos. A balalaica sempre foi muito popular nas pequenas vilas da Rússia, principalmente entre músicos que faziam canções satíricas.
O motivo da forma triangular é controverso. Alguns dizem que a forma representa, junto com o número de cordas, a Santíssima Trindade, mas essa interpretação é complicado, visto que a Igreja Ortodoxa já havia banido o instrumento por causa das músicas que acompanhava, e também porque essa igreja não permite o uso de instrumentos em sua liturgia. Outra hipótese mais verossímil é dada pelo escritor ucraniano Gógol, que em seu romance Almas mortas diz que a balalaica era feita pelos camponeses com abóboras - ao cortar a abóbora em quatro pedaços, a forma natural que obtinham é a da balalaica. Outra ainda é sugerida pelo fato de que, antes doczar Pedro I, os instrumentos eram proibidos na Rússia. Quando o governante os autorizou, os únicos que sabiam trabalhar a madeira eram construtores de barco, e a forma da balalaica lembra a parte frontal de uma embarcação.
Devemos a forma e afinação atual das balalaicas usadas em orquestras de música folclórica a Andreev, que junto com o luthier Ivanov, desenvolveu a forma padrão. Mais tarde, o artesão Paserbsky fez a balalaica com os trastes cromáticos e desenvolveu a família com os tamanhos e afinações análogas às dos instrumentos clássicos da orquestra erudita. Andreev também fez arranjos de várias músicas populares russas e também compôs músicas próprias para as orquestras de balalaicas, formadas com outros instrumentos populares também. Essas orquestras se tornaram muito populares durante a revolução socialista, que as disseminou muito devido ao seu caráter progressista e sua ligação à cultura popular do camponês.
O interesse para a balalaica fora da Rússia só começou muito depois da época de Andreev, no século XX. Orquestras de balalaica foram montadas nos EUA e no resto da Europa, em especial na Finlândia e outros países escandinavos. Uma banda de rock muito popular, Jethro Tull, usou o instrumento em duas de suas músicas do álbum Stand Up.


quarta-feira, 13 de junho de 2012

Ozzy Osbourne


Ozzy, aos vinte anos montou sua primeira banda, o "The Polka Tulk Blues Band" e logo depois apenas Polka Tulk, que mais tarde ganhou o nome de Earth. No repertório, blues e rock com influências das bandas Cream, Blue Cheer e Vanilla Fudge, recebe a alcunha de "Pai do Heavy Metal", sendo assim idolatrado.

E em 1969, após descobrir a existência de uma banda homônima, Tony Iommi (guitarra), Bill Ward (bateria), Ozzy Osbourne (vocais) e Geezer Butler (baixo) decidem adotar outro nome. A idéia surgiu a partir do título de uma história do escritor Dennis Wheatley (que também inspirou a composição de Butler), nascendo então o Black Sabbath.
O nome e a temática do Black Sabbath surgiu quando todos os integrantes andavam pela "cidade natal" da banda. Quando passaram em frente a um cinema no qual estava passando um filme de terror. Ozzy e Tony pensaram "As pessoas pagam para ver isso? Para sentir medo? Pode ser que dê certo" e então puseram o nome do filme na banda e desde então compuseram músicas sobre a morte, o Diabo e coisas do gênero.

Após nove anos junto ao Black Sabbath, o oitavo álbum da banda, “Never Say Die!” (1978), veio para marcar a saída de Ozzy. Decidido a seguir carreira solo, ele forma o Blizzard of Ozz juntamente o guitarrista Randy Rhoads, o baixista Bob Daisley e o baterista Lee Kerslake, sendo que o primeiro álbum, de mesmo nome, foi lançado na Inglaterra em fita demo, no ano de 1980 e nos EUA e no resto do mundo, no ano seguinte, pelo selo Jet Records, da CBS.

Com o lançamento do segundo álbum, deu-se início a turnê pela Europa, só que três apresentações depois, Ozzy teve um colapso nervoso e todos retornaram aos EUA para que ele pudesse descansar. Recuperado e com uma super produção de 25 técnicos da Broadway e Las Vegas, recursos de última geração para o palco e seis mil cópias do primeiro álbum sendo vendidas a cada semana, Ozzy voltou à ativa.

Vale destacar que foi nessa época um dos acontecimentos que mais marcou a carreira do artista. Tudo aconteceu quando um fã, durante o show, atirou um morcego ao palco e Ozzy, acreditando se tratar de um artefato de plástico, mordeu a cabeça do animal e acabou tendo que tomar várias injeções anti-rábicas. O medicamento causou-lhe choques anafiláticos, entre outros problemas de saúde. Chegou-se até a ser divulgada a sua morte, que foi desmentida pelo próprio vocalista. Em resposta, Ozzy Osbourne, de forma irônica, disse saber que pessoas podem morrer de raiva após serem mordidas por morcegos, mas que nunca ouviu falar que alguém pode morrer de raiva por ter mordido um morcego. Além disso, a grande repercussão por parte da imprensa sensacionalista levou entidades de proteção aos animais a protestarem contra os shows, inclusive, alguns tiveram que ser cancelados. Mesmo com tantos incidentes, a turnê continuou.
Em meio à ascensão pungente da banda, um fato trágico estava por vir. No dia 19 de março de 1982, durante uma parada na viagem que levaria Ozzy a Orlandopara um show, parte da banda decidiu descansar a bordo do ônibus e o motorista, convidou Jake Duncan e Don Airey para fazer um passeio aéreo e ao aterrissar, estendeu o convite a Randy Rhoads e Rachel Youngblood 
Acredita-se que o piloto, ressentido pelo conturbado divórcio, tenha visto sua ex-esposa entrando no ônibus e decidiu lançar o avião contra o veículo. O ônibus onde estavam Ozzy, sua esposa e outros membros da banda não ficou muito danificado e ninguém ficou ferido, mas o avião explodiu, matando todos os passageiros. Ozzy entrou em profunda depressão com a perda de Randy Rhoads (seu melhor amigo) e decidiu adiar seus planos para o lançamento de um álbum ao vivo com o material gravado durante os shows, optando por uma coletânea de clássicos do Black Sabbath com o guitarrista Brad Gillis (Night Ranger), que ganhou o nome de “Speak of the Devil” nos EUA e “Talk to the Devil”, na Inglaterra.
Livre dos compromissos com a Jet Records, Ozzy assinou contrato com a Epic Records e Sharon decidiu que seria interessante um pouco de publicidade. A idéia inicial era que Ozzy soltasse duas pombas durante um encontro com os executivos da gravadora só que, a despeito dos acontecimentos com o morcego, Ozzy libertou uma das pombas e arrancou a cabeça da outra a dentadas.



Edil


edis curuis (do latim aedīlis curules), na Roma Antiga, eram dois encarregados da preservação da cidade, do abastecimento, da polícia dos mercados e das ações penais correlatas, bem como da jurisdição civil contenciosa nas questões ali ocorridas. Era magistratura plebéia, interditada aos patrícios.
A plebe não tinha acesso à magistraturas e, revoltada com o arbítrio dos magistrados patrícios, sai de Roma, em 494 a.C., e se dirige ao monte Sagrado, com o objetivo de fundar ali uma nova cidade (Revolta do Monte Sagrado). Os patrícios, em face disso, resolvem transigir, e a plebe retorna, após obter a criação de duas magistraturas plebéias: o tribunato e a edilidade da plebe.
Os edis da plebe eram eleitos pelos Conselhos da Plebe, em número de dois (que aumentou depois) e executavam as ordens dos tribunos, guardavam o templo de Céres (onde se achavam os arquivos da plebe) e protegiam os plebeus contra os patrícios.
A partir de César, os edis, em número de seis, dividem-se, dois a dois, em três categorias: edis curuis, plebeus e ceriales (estes, encarregados do aprovisionamento de Roma). A pouco e pouco, porém, suas funções são atribuídas a funcionários imperiais, até que deixa de existir a edilidade no século III d.C. (por volta do ano 240).

Zimbro


Juniperus communis é um arbusto perene da família das cupressáceas que, geralmente, não atinge mais de 1 metro de altura, embora se encontrem espécimes que cheguem dos 2 aos 7 m, em forma arbustiva, ou mais, em forma arbórea (principalmente na Europa). É designado vulgarmente como cedro, genebreiro, junípero, junípero-comum, zimbrão, zimbro, zimbro-anão zimbro-comum, zimbro-rasteiro e zimbro-vulgar. Tem ramos que se dispersam lateralmente, formando matos rasteiros e densos com cerca de 1 a 4 metros de diâmetro. As folhas, subimbricadas, em verticilos de três, apresentam uma faixa estomática branca na página superior. Os ramos, geralmente em grupos de três com a base ao mesmo nível no caule, são ascendentes ou rasteiros. A casca é lisa em ramos pequenos, com menos de 1 cm de diâmetro, exfloiando em ramos maiores. O fruto consiste em gálbulos pruinosos, de 6 a 9 mm, negros quando maduros.
É comumente utilizado no preparo de de gim. Em Portugal, encontra-se, sob a forma da subespécie nana, nos pontos mais altos da Serra da Estrela e da Serra do Gerês.

Steinhäger


Steinhäger é uma bebida destilada aromatizada com juniperus (zimbro). Surgiu no século XV, na região da Vestfália, na pequena aldeia de Steinhagen. Na produção, as frutas de juniperus são esmagadas junto com grãos de trigo. Depois de fermentada, a pasta é destilada em alambiques do tipo pot still. De acordo com a Lei do Monopólio da Aguardente, da Alemanha, que é a lei que dita as regras da produção do Steinhäger no país, a bebida não pode sofrer haver adição de nenhum produto químico na mistura de zimbro e trigo.
A bebida é desde 1989 uma denominação de origem protegida pela legislação da União Européia.
Na Alemanha, a bebida é degustada em temperatura ambiente, suavemente gelado, ou à temperatura de freezer, como a vodka. Podendo ainda ser misturada ao popular chope, realçando seu sabor (esta mistura é conhecida por submarino).

Insula



As Insulas (latim insulae) eram um tipo de habitação existente na Antiga Roma. Distinguem-se das domus por serem destinados à população mais desfavorecida. São parecidos com os prédios de hoje em dia pois a sua disposição se verificava em andares. Eram destinadas a aluguel e eram bastante pequenas com, normalmente um quarto, que chegava a albergar famílias inteiras. Embora a cidade de Roma tivesse rede de esgotos, as insulas não tinham casas de banho. A sua construção era muito frágil, feita de madeira etijolo, o que fazia das insulas alvos para incêndios. Devido a este fator, entre outros, foi possível o grande incêndio em Roma durante o governo de Nero. Em Roma a proporção de insulas para domus era de quatro para um.




Domus

As divisões da domus

A domus desenvolvia-se na horizontal, embora pudesse haver um segundo piso. As divisões que davam para a rua, denominadas tabernae, eram geralmente arrendadas a terceiros, sendo usadas como lojas ou oficinas. Não havia "montra" no sentido moderno do termo e a taberna abria directamente para a rua. Por vezes, os comerciantes ou artesãos alugavam igualmente o segundo piso, onde viviam com a sua família.
Ao entrar na casa de habitação, o visitante era conduzido pelo vestibulum, o qual se abria para o atrium (átrio). O tecto deste possuía uma abertura central, o complúvio (compluvium), por onde entrava a água da chuva, que era recolhida no implúvio (impluvium), uma cisterna quadrangular no centro do átrio. Elemento central da domus, era no átrio que eram colocadas as imagens dos antepassados (imagines maiorum) e que o patrono vinha saudar os seus clientes ou convidados.
Em seu redor articulavam-se as outras divisões: os pequenos quartos de dormir (cubicula; singular: cubiculum), o triclínio (triclinium) ou sala de jantar, o tablinium, onde o pater familias tratava dos seus negócios, e a cozinha (coquina ou culina). Havia ainda o lararium, divisão destinada ao culto das divindades domésticas (Lares ePenates) e dos familiares falecidos (Manes).
Ao fundo da domus, encontrava-se por vezes uma área reservada aos banhos e um pequeno jardim (hortus), geralmente decorado com uma fonte.

Evolução da domus

É graças à influência grega que os cidadãos mais abastados começam a acrescentar às suas domus um peristilo, ou seja um pátio ajardinado rodeado de colunas. A casa passa a ser composta por duas partes principais, a primeira, contígua à entrada, organizada em torno do átrio, enquanto a segunda se articula em torno do peristilo, na parte mais recuada da habitação. Com o tempo, o átrio acabará por perder a sua importância a favor do peristilo, que se converte no centro da domus.
A partir do século I, as domus tornam-se cada vez mais sumptuosas e extravagantes. Nos peristilos surgem grandes jardins, com fontes, árvores de fruto, flores, estátuas e até lagos artificiais. O oecus é agora a principal divisão da casa, ocasionalmente usado como triclínio, para banquetes. Por vezes é tão grande que o seu tecto abobadado tem de ser sustido por colunas.
Em resposta às novas necessidades da classe elevada, multiplicam-se as divisões dedicadas ao ócio: a bibliotheca, a diaeta, pequeno pavilhão destinado a entreter os convidados, e o solarium, que podia ser coberto quando chovia ou fazia frio.
O balneum torna-se uma cópia exacta das termas, só que em pequena escala, com o apodyterium (vestiário), o tepidarium, ocaldarium e o frigidarium, piscinas de água morna, quente e fria, respectivamente.
Durante o Alto Império, o peristilo sofre uma transformação, passando a ser aberto e decorado com uma fonte monumental no centro. Características deste período são também as grandes janelas e a profusão de divisões destinadas a banquetes. A Domus di Amore e Psiche, em Roma, é emblemática desta época.

O ambiente da domus

A domus não tinha vista para a rua. As janelas eram muito pequenas, a fim de proteger a casa de ruídos, do frio (o vidro era uma raridade) e, sobretudo, dos ladrões. Em consequência, as divisões recebiam luz solar essencialmente do complúvio ou do peristilo. Algumas casas tinham não só água canalizada mas também aquecimento central (o hipocausto).
As paredes e por vezes o tecto eram decorados com frescos. O chão era pavimentado com tijolos de terracotamosaicos ou mármore, dependendo por um lado do tipo de divisão e, por outro, das posses do proprietário.
Na maior parte das casas, a mobília dos cubicula resumia-se a uma simples cama de madeira. O triclínio deve o seu nome aos três leitos, dispostos em torno de uma mesa central, onde os comensais comiam reclinados.
Geralmente a cozinha era uma divisão exígua, com um pequeno fogão de pedra, estando a preparação das refeições a cargo dosescravos.Não havia espaços próprios para os escravos. Estes circulavam em toda a casa e à noite dormiam à porta do cubiculum do seu senhor. Também as mulheres não estavam confinadas a quaisquer aposentos, dedicando-se às suas actividades no átrio ou noutras divisões, quando os homens saíam para o fórum. Não havia igualmente uma distinção clara entre espaços domésticos privados e públicos.


Maloca




Maloca é um tipo de cabana comunitária utilizada pelos nativos da região amazônica, notadamente na Colômbia e Brasil. Cada tribo tem sua própria espécie de maloca, com características únicas que ajudam a distinguir um povo do outro.
Etimologia.

"Maloca" vem do araucano malocan, "fazer hostilidade" Pode ter vindo também do tupi "mar'oka", quer quer dizer "casa de guerra; ranchada de índios".



Yeosu

Yeosu (em hangul: 여수시) é uma cidade na Província de Jeolla do Sul, na Coreia do Sul, com 501,3 km² e cerca de 295.439 habitantes. A velha cidade de Yeosu, que foi fundada em 1949, e a cidade de Yeocheon, fundada em 1986, foram fundidas numa novYeosu (em hangul: 여수시) é uma cidade na Província de Jeolla do Sul, na Coreia do Sul, com 501,3 km² e cerca de 295.439 habitantes. A velha cidade de Yeosu, que foi fundada em 1949, e a cidade de Yeocheon, fundada em 1986, foram fundidas numa nova cidade, em 1998.
A cidade de Yeosu consiste na península de Yeosu, bem como nas 317 ilhas (49 habitadas, 268 inabitadas). Situada ao longo da costa sul da Coreia do Sul, é separada da Namhae, no sul da província de Gyeongsang, a leste por uma via navegável natural, bem como a Baía de Suncheon a oeste e noroeste, e a cidade de Suncheon ao longo das suas margens. A cidade tem três Câmaras Municipais. Em 1 de Abril de 1998, as cidades de Yeosu e Yeocheon fundiram, para formar a cidade de Yeosu unificada.
Graças ao mar e á corrente de vento quente, Yeosu tem verões quentes e invernos amenos. Yeosu é uma cidade de história, onde existe uma fidelidade com a sede da província de Jeolla, onde foi localizada uma base naval, e o Almirante Yi Sun Shin que inventou o Geobukseon ou "um navio tartaruga" para salvar o país, enquanto servindo como Comandante da Marinha da Província de Jeolla.
Com um resort internacional no oceano permitindo o turismo na cidade e da nova era da Marinha do século XXI, em Yeosu está sendo desenvolvida num belo Yeosu Harbor, onde estão presentes empresas de todo o mundo. Na 142.ª Assembleia Geral da BIE, que se realizou em Paris em 26 de Novembro de 2007, a comunidade mundial selecionou Yeosu como a cidade anfitriã para a Exposição Munidial de 2012 ou Expo 2012. Esta Expo será a segunda da Coreia do Sul, pois antes já havia ocorrido aExposição Universal de 1993.a cidade, em 1998.
A cidade de Yeosu consiste na península de Yeosu, bem como nas 317 ilhas (49 habitadas, 268 inabitadas). Situada ao longo da costa sul da Coreia do Sul, é separada da Namhae, no sul da província de Gyeongsang, a leste por uma via navegável natural, bem como a Baía de Suncheon a oeste e noroeste, e a cidade de Suncheon ao longo das suas margens. A cidade tem três Câmaras Municipais. Em 1 de Abril de 1998, as cidades de Yeosu e Yeocheon fundiram, para formar a cidade de Yeosu unificada.
Graças ao mar e á corrente de vento quente, Yeosu tem verões quentes e invernos amenos. Yeosu é uma cidade de história, onde existe uma fidelidade com a sede da província de Jeolla, onde foi localizada uma base naval, e o Almirante Yi Sun Shin que inventou o Geobukseon ou "um navio tartaruga" para salvar o país, enquanto servindo como Comandante da Marinha da Província de Jeolla.
Com um resort internacional no oceano permitindo o turismo na cidade e da nova era da Marinha do século XXI, em Yeosu está sendo desenvolvida num belo Yeosu Harbor, onde estão presentes empresas de todo o mundo. Na 142.ª Assembleia Geral da BIE, que se realizou em Paris em 26 de Novembro de 2007, a comunidade mundial selecionou Yeosu como a cidade anfitriã para a Exposição Munidial de 2012 ou Expo 2012. Esta Expo será a segunda da Coreia do Sul, pois antes já havia ocorrido aExposição Universal de 1993.


Foices


 Se procura o objeto que o Ceifador Sinistro carrega, veja Gadanha.
A foice é uma antiga ferramenta agrícola, que tem a característica peculiar curvilínea. É um importante instrumento de manuseio nas atividades de agricultura, principalmente para a colheita de cereais. Juntamente com o arado e a enxada, foi o grande responsável pela 2º Revolução neolítica.
O instrumento consiste de uma lâmina encurvada presa a um cabo de madeira. Geralmente é de metal, mas foram encontrados restos dessa ferramenta em pedra bem afiada da época dos sumérios com cerca de 3000 anos.
Uma ferramenta muito similar é a gadanha, mas esta tem cabo e lâmina mais longos, o que facilita a colheita.



Foice de colheita suméria, 3000 a.C.. Museu Field de História Natural



A foice na cultura popular

A foice também é constituída como a chamada "gadanha", e/ou "foice de chão", e dessa forma também é utilizada pelo "ceifador (morte)" ou pelos "cavaleiros do apocalipse, guerreiros conhecidos da Bíblia". A diferença básica entre elas é o comprimento do cabo, sendo a gadanha mais comprida enquato que a foice é mais curto, a foice é utilizada na altura dos braços e a gadanha na altura dos pés.
Também aparece na mitologia e em histórias em quadrinhos.
Na mitologia grega, a foice foi utilizada como arma por Cronus e Perseus.

Nas histórias de Asterix, a foice (dourada) é a ferramenta que o druida Panoramix carrega para colher os ingredientes da poção mágica.
Aparece como instrumento mágico em diversos desenhos, faz parte do folclore que envolve a gadanha.
Foice e martelo também é o símbolo oficial do comunismo/socialismo, enquanto o martelo representa os trabalhadores das indústrias, a foice é símbolo dos operários do campo, dos ruralistas.
No desenho animado, The Grim Adventures of Billy and Mandy, onde Puro-osso (Morte), usa uma gadanha para ceifar a alma das pessoas, erroneamente confundida com uma foice.
Na expansão do Postal 2 (Apocalypse Weekend), o personagem principal usa também uma gadanha para completar o jogo, que também é confundida com uma foice.
No jogo Grand Chase, o personagem Ryan utiliza uma foice como arma de 2ª classe.
No jogo Ninja Gaiden 2 a foice é utilizada pelo personagem principal.

Bisões

Os bisontes ou bisões são grandes mamíferos ungulados e ruminantes do género Bison, da família Bovidae, com duas espécies ainda existentes, o bisonte-europeu, Bison bonasus, e obisonte-americano, Bison bison. Têm cornos curtos, negros, curvados para cima e para o eixo do animal e os ombros elevados numa bossa e com uma forte cobertura de pêlos longos; oscascos são redondos e negros. O bisonte-europeu (também chamado wisent, em inglês) tem uma juba e barba menos luxuriante que o americano (também chamado buffalo, embora os verdadeiros búfalos sejam animais da mesma família, mas da África e da Ásia), enquanto que estes têm as  pernas mais curtas.


Os machos podem atingir uma altura ao nível dos ombros de cerca de 1,8 m, um comprimento do corpo de 3,6 m e um peso de 1130 kg, enquanto que as fêmeas são menores. A pelagem de inverno do bisonte-americano é castanha escura, esparsa e muda na primavera para um pêlo curto e castanho claro e também é menos luxuriante nas fêmeas que nos machos. O seu tempo de vida é de 30 a 50 anos. Os homens das cavernas usavam como machado uma omoplata de um bisonte.


[editar]Os bisontes reproduzem-se uma vez por ano, entre Junho e Setembro. As fêmeas produzem geralmente uma cria de cor vermelha (que se torna castanha em 2-4 meses) em cada gestação, que dura, em média, 285 dias e protegem-na durante sete a doze meses. Na altura do parto, a fêmea afasta-se da manada e escolhe um local protegido. Os jovens atingem a maturidadesexual em 2-3 anos, mas os machos geralmente não se reproduzem até aos seis anos, quando atingem um tamanho que lhes permite competir com outros, a nível de bagulho ostraceiro. as suas migrações, os bisontes formam uma fila liderada por uma fêmea adulta. Os bisontes são bons nadadores e são capazes de correr a velocidades de 62 km/h.




 A família Bovidae apareceu durante o Mioceno, há cerca de 20 milhões de anos, com 15 gêneros conhecidos, a maioria da Ásia. No final do Mioceno, há cerca de 10 milhões de anos, tinham aparecido 70 novos géneros e no Pleistoceno havia mais de 100. Atualmente, existe cerca de metade daquele número. Pensa-se que a família se tenha desenvolvido nas regiões tropicais e que em meados do Pleistoceno se adaptou aos climas frios do norte e migrou através da Beríngia para o Novo Mundo. O bisonte americano é um parente próximo do europeu (ver acima a indicação sobre hibridização, que indica que pode ser uma única espécie) e os cientistas pensam que estas espécies sãodescendentes duma espécie que existia na Índia. As manadas migraram para norte e, enquanto umas foram para leste até à Sibéria, eventualmente atravessando a ponte terrestre de Bering, outras foram para oeste, para as florestas da Europa. Bison priscus, que era o antepassado imediato do bisonte-europeu, extingu



Chorume

O chorume, também chamado por líquido percolado, era inicialmente apenas a substância gordurosa expelida pelo tecido adiposo da banha de um animal peludo. Posteriormente, o significado da palavra foi ampliado e passou a significar o líquido poluente, de cor escura e odor nauseante, originado de processos biológicos, químicos e físicos da decomposição de resíduos orgânicos. Esses processos, somados com a ação da água das chuvas, se encarregam de lixiviar compostos orgânicos presentes nos lixões para o meio ambiente.
Chorume também é uma mistura de água e resíduos da decomposição do lixo.Pode infiltrar-se no solo dos lixões e contaminar a água subterrânea. O chorume possui alta concentração de Demanda biológica de oxigênio (DBO).




Pentagrama




O pentagrama



Desde os primórdios da humanidade, o ser humano sempre se sentiu envolto por forças superiores e trocas energéticas que nem sempre soube identificar.Sujeito a perigos e riscos, teve a necessidade de captar forças benéficas para se proteger de seus inimigos e das vibrações maléficas. Foi em busca de imagens, objetos, e criou símbolos para poder entrar em sintonia com energias superiores e ir ao encontro de alguma forma de proteção.

Dentre estes inúmeros símbolos criados pelo homem, se destaca o pentagrama, que evoca uma simbologia múltipla, sempre fundamentada no número 5, que exprime a união dos desiguais. As cinco pontas do pentagrama põem em acordo, numa união fecunda: o 3, que significa o principio masculino, e o 2, que corresponde ao princípio feminino.

Ele simboliza, então, o andrógino.

O pentagrama sempre esteve associado com o mistério e a magia. Ele é a forma mais simples de estrela, que deve ser traçada com uma única linha, sendo conseqüentemente chamado de "Laço Infinito". A potência e associações do pentagrama evoluíram ao longo da história. Hoje é um símbolo onipresente entre os neopagãos, com muita profundidade mágica e grande significado simbólico.

Origens, Ritos e Crenças.

Um de seus mais antigos usos se encontra na Mesopotâmia, onde a figura do pentagrama aparecia em inscrições reais e simbolizava o poder imperial que se estendia "aos quatro cantos do mundo". Entre os Hebreus, o símbolo foi designado como a Verdade, para os cinco livros do Pentateuco (os cinco livros do Velho Testamento, atribuídos a Moisés).
Às vezes é incorretamente chamado de "Selo de Salomão", sendo, entretanto, usado em paralelo com o Hexagrama.
Na Grécia Antiga, era conhecido como Pentalpha, geometricamente composto de cinco Ases. Pitágoras, filósofo e matemático grego, grande místico e moralista, iniciado nos grandes mistérios, percorreu o mundo nas suas viagens e, em decorrência, se encontram possíveis explicações para a presença do pentagrama, no Egipto, na Caldéia e nas terras ao redor da Índia.


A geometria do pentagrama e suas associações metafísicas foram exploradas pelos pitagóricos, que o consideravam um emblema de perfeição. A geometria do pentagrama ficou conhecida como "A Proporção Dourada", que ao longo da arte pós-helênica, pôde ser observada nos projetos de alguns templos. Para os agnósticos, era o pentagrama a "Estrela Ardente" e, como a Lua crescente, um símbolo relacionado à magia e aos mistérios do céu noturno.


Para os druidas, era um símbolo divino e, no Egipto, era o símbolo do útero da terra, guardando uma relação simbólica com o conceito da forma da pirâmide. Os celtas pagãos atribuíam o símbolo do pentagrama à deusa Morrigan. Os primeiros cristãos relacionavam o pentagrama às cinco chagas de Cristo e, desde então, até os tempos medievais, era um símbolo cristão. Antes da Inquisição não havia nenhuma associação maligna ao pentagrama; pelo contrário, era a representação da verdade implícita, do misticismo religioso e do trabalho do Criador. O imperador Constantino I, depois de ganhar a ajuda da Igreja Cristã na posse militar e religiosa do Império Romano em 312d.C. usou o pentagrama junto com o símbolo de chi-rho (uma forma simbólica da cruz), como seu selo e amuleto. Tanto na celebração anual da Epifania, que comemora a visita dos três Reis Magos ao menino Jesus, assim como também a missão da Igreja de levar a verdade aos gentios, tiveram como símbolo o pentagrama, embora em tempos mais recentes este símbolo tenha sido mudado, como reação ao uso neopagão do pentagrama.

 Em tempos medievais, o "Laço Infinito" era o símbolo da verdade e da proteção contra demônios. Era usado como um amuleto de proteção pessoal e guardião de portas e janelas.

Os Templários, uma ordem militar de monges formada durante as Cruzadas, ganhou grande riqueza e proeminência através das doações de todos aqueles que se juntavam à ordem, e amealhou também grandes tesouros trazidos da Terra Santa. Na localização do centro da "Ordem dos Templários", ao redor de Rennes du Chatres, na França, é notável observar um pentagrama natural, quase perfeito, formado pelas montanhas que medem vários quilômetros ao redor do centro. Há grande evidência da criação de outros alinhamentos geométricos exatos de Pentagramas como também de um Hexagrama, centrados nesse pentagrama natural, na localização de numerosas capelas e santuários nessa área. Está claro, no que sobrou das construções dos Templários, que os arquitetos e pedreiros associados à poderosa ordem conheciam muito bem a geometria do pentagrama e a "Proporção Dourada", incorporando aquele misticismo aos seus projetos.

Entretanto, a "Ordem dos Templários" foi inteiramente dizimada, vítima da avareza da Igreja e de Luiz IX, religioso fanático da França, em 1.303. Iniciaram-se os tempos negros da Inquisição, das torturas e falsos-testemunhos, de purgar e queimar, esparramando-se como a repetição em câmara-lenta da peste negra, por toda a Europa.

Durante o longo período da Inquisição, havia a promulgação de muitas mentiras e acusações em decorrência dos "interesses" da ortodoxia e eliminação de heresias. A Igreja mergulhou por um longo período no mesmo diabolismo ao qual buscou se opor. O pentagrama foi visto, então, como simbolizando a cabeça de um bode ou o diabo, na forma de Baphomet, e era Baphomet quem a Inquisição acusou os Templários de adorar. Também, por esse tempo, envenenar como meio de assassinato entrou em evidência.

 Ervas potentes e drogas trazidas do leste durante as Cruzadas entraram na farmacopéia dos curandeiros, dos sábios e das bruxas. Curas, mortes e mistérios desviaram a atenção dos dominicanos da Inquisição, dos hereges cristãos, para as bruxas pagãs e para os sábios, que tinham o conhecimento e o poder do uso dessas drogas e venenos.

Durante a purgação das bruxas, outro deus cornudo, como Pan, chegou a ser comparado com o diabo (um conceito cristão) e o pentagrama - popular símbolo de segurança - pela primeira vez na história, foi associado ao mal e chamado "Pé da Bruxa". As velhas religiões e seus símbolos caíram na clandestinidade por medo da perseguição da Igreja e lá ficaram definhando gradualmente, durante séculos.  

Do Renascimento até Hoje...

As sociedades secretas de artesãos e eruditos, que durante a inquisição viveram uma verdadeira paranóia, realizando seus estudos longe dos olhos da Igreja, já podiam agora, com o fim do período de trevas da Inquisição, trazer à luz o Hermetismo, ciência doutrinaria ligada ao agnosticismo surgida no Egipto, atribuída ao deus Thot, chamado pelos gregos de Hermes Trimegisto, e formada principalmente pela associação de elementos doutrinários orientais e neoplatônicos.


Cristalizou-se, então, um ensinamento secreto em que se misturavam filosofia e alquimia, ciência oculta da arte de transmutar metais em ouro. O simbolismo gráfico e geométrico floresceu, se tornou importante e, finalmente, o período do Renascimento emergiu, dando início a uma era de luz e desenvolvimento.

Um novo conceito de mundo pôde ser passado para a Europa renascida, onde o pentagrama (representação do número cinco), significava agora o microcosmo - símbolo do Homem Pitagórico, que aparece como uma figura humana de braços e pernas abertas, parecendo estar disposto em cinco partes em forma de cruz; o Homem Individual. A mesma representação simbolizava o macrocosmo, o Homem Universal - dois eixos, um vertical e outro horizontal, passando por um mesmo centro.


Um símbolo de ordem e de perfeição, da Verdade Divina. Portanto, "o que está em cima é como o que está embaixo", como durante muito tempo já vinha sendo ensinado nas filosofias orientais. O pentagrama pitagórico - que se tornou, na Europa, o de Hermes, gnóstico - já não aparece apenas como um símbolo de conhecimento, mas também como um meio de conjurar e adquirir o poder. Figuras de Pentagramas eram utilizadas pelos magos para exercer seu poder: existiam Pentagramas de amor, de má sorte, etc. No calendário de Tycho Brahe "Naturale Magicum Perpetuum" (1582), novamente aparece a figura do pentagrama com um corpo humano sobreposto, que foi associado aos elementos. Agripa (Henry Cornelius Von de Agripa Nettesheim), contemporâneo de Tycho Brahe, mostra proporcionalmente a mesma figura, colocando em sua volta os cinco planetas e a Lua no ponto central (genitália) da figura humana. Outras ilustrações do mesmo período foram feitas por Leonardo da Vinci, mostrando as relações geométricas do Homem com o Universo. Mais tarde, o pentagrama veio simbolizar a relação da cabeça para os quatro membros e conseqüentemente da pura essência concentrada de qualquer coisa, ou o espírito para os quatro elementos tradicionais: terra, água, ar e fogo - o espírito representado pela quintessência (a "Quinta Essentia" dos alquimistas e agnósticos).

Na Maçonaria, o homem microcósmico era associado com o Pentalpha (a estrela de cinco pontas). O símbolo era usado entrelaçado e perpendicular ao trono do mestre da loja. As propriedades e estruturas geométricas do "Laço Infinito" foram simbolicamente incorporadas aos 72 graus do Compasso - o emblema maçônico da virtude e do dever.

Nenhuma ilustração conhecida associando o pentagrama com o mal aparece até o século XIX. Eliphas Levi (Alphonse Louis Constant) ilustra o pentagrama vertical do homem microcósmico ao lado de um pentagrama invertido, com a cabeça do bode de Baphomet (figura panteísta e mágica do absoluto). Em decorrência dessa ilustração e justaposição, a figura do pentagrama, foi levada ao conceito do bem e do mal.

Contra o racionalismo do século XVIII, sobreveio uma reação no século XIX, com o crescimento de um misticismo novo que muito deve à Cabala, tradição antiga do Judaísmo, que relaciona a cosmogonia de Deus e universo à moral e verdades ocultas, e sua relação com o homem. Não é tanto uma religião, mas sim um sistema filosófico de compreensão fundamentado num simbolismo numérico e alfabético, relacionando palavras e conceitos. Eliphas Levi foi um expositor profundo da Cabala e instrumentou o caminho para a abertura de diversas lojas de tradição hermética no ocidente: a "Ordo Templi Orientis" (OTO), a "Ordem Hermética do Amanhecer Dourado" (Golden Dawn), a "Sociedade Teosófica", os "Rosacruzes", e muitas outras, inclusive as modernas Lojas e tradições da Maçonaria.

Levi, entre outras obras, utilizou o Tarot como um poderoso sistema de imagens simbólicas, que se relacionavam de perto com a Cabala. Foi Levi também quem publicou o Tetragrammaton - ou seja, o pentagrama com inscrições cabalísticas, que exprime o domínio do espírito sobre os elementos, e é por este signo que se invocavam, em rituais mágicos, os silfos do ar, as salamandras do fogo, as ondinas da água e os gnomos da terra"("Dogma e Ritual da Alta Magia" de Eliphas Levi). A Golden Dawn, em seu período áureo (de 1888 até o começo da primeira guerra mundial), muito contribuiu para a disseminação das raízes da Cabala Hermética moderna ao redor do mundo e, através de escritos e trabalhos de vários de seus membros, principalmente Aleister Crowley, surgiram algumas das idéias mais importantes da filosofia e da mágica da moderna Cabala.

Em torno de 1940, Gerald Gardner adotou o pentagrama vertical, como um símbolo usado em rituais pagãos. Era também o pentagrama desenhado nos altares dos rituais, simbolizando os três aspectos da deusa mais os dois aspectos do deus, nascendo, então, a nova religião de Wicca.

Por volta de 1960, o pentagrama retomou força como poderoso talismã, juntamente com o crescente interesse popular em bruxaria e Wicca, e a publicação de muitos livros (incluindo vários romances) sobre o assunto, ocasionando uma decorrente reação da Igreja, preocupada com esta nova força emergente.

Um dos aspectos extremos dessa reação foi causado pelo estabelecimento do culto satânico - "A Igreja de Satanás" - por Anton La Vey. Como emblema de sua igreja, La Vay adotou o pentagrama invertido (inspirado na figura de Baphomet de Eliphas Levi). Isso agravou com grande intensidade a reação da Igreja Cristã, que transformou o símbolo sagrado do pentagrama, invertido ou não, em símbolo do diabo. A configuração da estrela de cinco pontas, em posições distintas, trouxe vários conceitos simbólicos para o pentagrama, que foram sendo associados, na mente dos neopagãos, conceitos de magia branca ou magia negra. Esse fato ocasionou a formação de um forte código de ética de Wicca - que trazia como preceito básico: "Não desejes ou faças ao próximo, o que não quiseres que volte para vós, com três vezes mais força daquela que desejaste".

Apesar dos escritos criados para diferenciar o uso do pentagrama pela religião Wicca, das utilizações feitas pelo satanismo, principalmente nos Estados Unidos, onde os cristãos fundamentalistas se tornaram particularmente agressivos a qualquer movimento que envolvesse bruxaria e o símbolo do pentagrama, alguns wiccanianos se colocaram contrários ao uso deste símbolo, como forma de se protegerem contra a discriminação estabelecida por grupos religiosos radicais. Apesar de todas as complexidades ocasionadas através dos diversos usos do pentagrama, ele se tornou firmemente um símbolo indicador de proteção, ocultismo e perfeição. Suas mais variadas formas e associações em muito evoluíram ao longo da história e se mantêm com toda a sua onipresença, significado e simbolismo, até os dias de hoje.

Anarquismo



Anarquismo (do grego ἀναρχος, transl. anarkhos, que significa "sem governantes",a partir doprefixo ἀν-, an-, "sem" + ἄρχή, arkhê, "soberania, reino, magistratura" + o sufixo -ισμός, -ismós, da raiz verbal -ιζειν, -izein) é uma filosofia política que engloba teorias, métodos e ações que objetivam a eliminação total de todas as formas de governo compulsório.De um modo geral, anarquistas são contra qualquer tipo de ordem hierárquica que não seja livremente aceita e, assim, preconizam os tipos de organizações libertárias baseadas na livre associação.
Anarquia significa ausência de coerção e não a ausência de ordem.A noção equivocada de que anarquia é sinônimo de caos se popularizou entre o fim do século XIX e o início do século XX, através dos meios de comunicação e de propaganda patronais, mantidos por instituições políticas e religiosas. Nesse período, em razão do grau elevado de organização dos segmentos operários, de fundo libertário, surgiram inúmeras campanhas antianarquistas. Outro equívoco banal é se considerar anarquia como sendo a ausência de laços de solidariedade (indiferença) entre os homens, quando, em realidade, um dos laços mais valorizados pelos anarquistas é o auxílio mútuo. À ausência de ordem - ideia externa aos princípios anarquistas -, dá-se o nome de "anomia".[8]
Há diversos tipos e tradições de anarquismo, os quais não são mutuamente exclusivas.Cadavertente do anarquismo tem uma linha de compreensão, análise, ação e edificação política específica, embora todas vinculadas pelos ideais base do anarquismo. Correntes do anarquismo tem sido divididas em anarquismo social e anarquismo individualista, ou em classificações semelhantes..
A maioria dos anarquistas se opõe a todas as formas de agressão, apoiando a autodefesa ou a não violência (anarcopacifismo); outros, contudo, apoiam o uso de outros meios, como a revoluçãoviolenta. Outro conceito, a propaganda pelo ato, apesar de ter tido um início violento, hoje em dia incorporou diversos tipos de ações não violentas.